depois de acordar, executou devagar um conjunto de tarefas numa divisão específica do apartamento de dois andares. desceu as escadas em direcção à rua. a troco de algumas moedas comprou um emaranhado de letras, imagens, traços, pontos e algarismos impressos em papel. escolheu o aglomerado de cadeiras, mesas e toldos com vista para o rio onde permaneceu durante catorze minutos. na primeira página leu um título: destroy everything you touch.
o fotógrafo sem aptidão para formular ideias criadoras não deixava de fixar a imagem dos objectos.
foi um daqueles dias em que a significação resultante da conjugação de letras levou ao comum lugar que é lado nenhum.
preferiu a música à distância das palavras.
recusou a leitura.
a escrita ficou para os dias de silêncio.
as árvores, as casas, o vento e o pavimento.